
12.11.2021
Por Bruna Cronfli
As turmas de 5ºano (Y5) desenvolveram um projeto ligado à Unidade de Investigação The Earth nas aulas de artes. Planejado para ser apresentado durante a Steam Fair, o projeto partiu da ideia de como a terra é usada para fazer arte em diferentes culturas. Uma vez que o Y5 seguiu com aulas presenciais, os professores deram às turmas a oportunidade de trabalharem com construções tridimensionais em argila, possibilitando a experimentação do material, antes impossível devido às aulas a distância.
Como a terra foi usada como material de produção artística nas diferentes culturas? Como os povos antigos se apropriaram de recursos naturais para construir casas e para confeccionar utensílios de cozinha? Como a terra ainda é usada na construção, na arte e nos utilitários de hoje? – foram algumas das perguntas levantadas como provocações às pesquisas dos alunos. Inicialmente, as cerâmicas utilitárias indígenas foram trazidas como repertório e apresentadas como forma de armazenamentos de sementes, alimentos, até mesmo como urnas funerárias e objetos cerimoniais.
Para a primeira modelagem em argila, os alunos foram convidados a produzir pequenos potes, que poderiam ser uma panelinha, uma xícara ou um copo. A técnica utilizada foi a do pinch pot (pote de dedão). Muito comum quando se trabalha com argila, a técnica consiste em fazer uma bola de argila e furar no meio com o dedo polegar, partindo do furo e abrindo aos poucos conforme a modelagem. Com a ideia do utilitário, os alunos pesquisaram sobre o ofício das Paneleiras de Goiabeiras, que foi o primeiro bem cultural registrado, pelo Iphan, como patrimônio imaterial.
Outro repertório também foi apresentado para enriquecer a investigação, como as bonecas Karajá, uma referência cultural significativa para o povo Karajá e mais do que objetos lúdicos, as ritxòkò são consideradas representações culturais.
Após a finalização dos pinch pots e com um contato mais próximo com o material, o Y5 começou a se planejar para a construção de uma pequena casa de argila. Pesquisaram algumas técnicas de bioconstrução, como as casas de pau a pique, lares de muitas famílias brasileiras até hoje.
Para a construção da casinha, as turmas se dividiram em grupos, estudaram e criaram rascunhos dos possíveis modelos que gostariam de usar. Aprenderam a técnica de cobrinha e como “costurar” a argila (necessária para não rachar ao secar, consiste em riscar a argila com um garfo e colar com barbotina – mistura de argila com água). Dessa forma, os grupos iam costurando cobrinha em cima de cobrinha e erguendo as paredes de suas casas, para em seguida, cortarem janelas e portas.
Os alunos foram incentivados a explorarem a criatividade e interesses para quais tipos de modelos de casas iriam construir. Com essa liberdade, construíram a casinha Among Us, a casa de abacaxi – como do Bob Esponja, um farol, uma casa cogumelo, entre outras. Para a finalização, além da construção dos tetos, os grupos também escolheram pintá-las com tinta guache.
Para o encerramento do projeto, o Y5 foi convidado para uma conversa online com a ceramista Carol Lamaita, momento em que aproveitaram a oportunidade para conhecer o ateliê de um artista. A cada cômodo apresentado de seu ateliê, a ceramista convidou os alunos a conhecer etapas importantes do seu processo de criação, como as queimas de suas peças em argila num grande forno, o processo de pintura e a sala do torno (com uma pequena demonstração live, ela falou até mesmo sobre como recicla suas argilas, contextualizando sobre a sustentabilidade em seu trabalho).
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