16.09.2019

São Luiz do Paraitinga de todas as faces

A viagem para São Luiz do Paraitinga ofereceu aos alunos de 3º ano (Y3) elementos importantes para que eles fizessem conexões com todas as Unidades de Investigação já trabalhadas ao longo do ano. De “Matter Matters”, o método investigativo; de “Land Ahoy”, a surpresa e o estranhamento diante de uma terra e de uma cultura que, para a maioria, era nova; de “Cities”, o olhar sobre o planejamento urbano e suas consequências e a observação de como as cidades se desenvolvem; e, de “Natural Resources”, a certeza de que a vida depende de recursos naturais e de que as nossas escolhas podem impactar o meio ambiente e a própria condição de manutenção da espécie humana no planeta.

A cidade que, um dia, nasceu como travessia do tropeiro que buscava no rio Paraitinga o lugar do repouso e do reparo de que necessitava, hoje faz-se ponte para aprendizagens – geográfico-histórica-social-ambiental e cultural. Pensar a geografia local e repensar lugares de ocupação e exploração da terra permitiram aos luizenses – e a cada um dos que passearam por lá – não só a conscientização dos espaços como também a reafirmação da identidade local como valor a ser preservado. 

Ao apresentarem coreto, igrejas, casas, mercado, ruas, campos, roças e o rio aos alunos, os luizenses remetem ao passado e ressignificam o exercício de lembrar e de escutar. Da escuta ativa à escuta sensível, em São Luiz, meninos e meninas, puderam vivenciar a poesia dos livros no cotidiano da cidade e a entrevista, gênero jornalístico, como um importante recurso da história oral na recuperação da memória, um bem imaterial.

Como se vê, a inundação de 2010, e tudo que dela decorre, devolveu a memória ao seu lugar de matriz da História – um patrimônio imaterial capaz de instaurar e materializar no presente um acontecimento do passado. intervenções na paisagem natural a partir das escolhas de ocupação, de reflorestamento local e/ou manejo da areia do rio, por exemplo. 

À medida que o bote descia, os alunos iam – mediados pela memória dos monitores da Montana que os conduziu rio abaixo – vivenciando a inundação de 2010. Ora apontavam casas cujos quintais foram apagados pela força das águas, ora apontavam para as margens do rio para ensiná-los como reconhecer e preservar a mata ciliar, ao mesmo tempo em que ia contando como o solo, naquela passagem de ano, já estava saturado devido às constantes chuvas do ano anterior. Mais à frente, ao desviar de um cano fincado no rio, chamou a atenção sobre a importância da substituição do maquinário por estratégias ribeirinhas de retirada da areia do rio. 

A viagem com o Y3 para São Luiz do Paraitinga promoveu aos alunos a oportunidade de visitar locais históricos, observar seus aspectos culturais, além de desafiá-los a também pensar estratégias de menor impacto ambiental. 

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