16.06.2020

Escalada Esportiva: do currículo escolar às Olimpíadas

No segundo encontro do Ciclo de Palestras das Atividades Optativas, os destaques foram os esportes de aventura, mais precisamente a escalada. Para explicar melhor sobre essa modalidade, a Beacon recebeu o atleta André Berezoski Neto e o doutor em educação Dimitri Wuo Pereira, considerado um dos pioneiros em introduzir o esporte de aventura no currículo escolar no Brasil.

A conversa teve início com os depoimentos de André sobre o começo de sua carreira e a paixão que desenvolveu pela escalada. O atleta contou que pratica o esporte desde os 13 anos e que já escalou em vários picos pelo Brasil e pelo mundo. Atualmente, ele tem um ginásio, trabalha como instrutor e faz parte de um projeto social que tem como objetivo conceder bolsas para crianças que queiram se desenvolver nesse esporte.

Quando perguntam sobre sua profissão, André deixa claro que não conseguiria seguir outra carreira. “O melhor escritório que eu podia querer trabalhar é esse aqui, eu abro minha janela e já vejo a Pedra do Baú (São Bento do Sapucaí). Quando a gente trabalha com uma coisa que ama fazer, deixa de ser apenas trabalho. Vira um prazer a qualquer momento.”

Durante a live, os alunos mostraram grande interesse em saber como vai funcionar a escalada na Olimpíada, que teria  sua estreia esse ano em Tóquio. Os convidados explicaram que como seria o primeiro ano, a modalidade entraria apenas como esporte de experimentação e que para ser aceita, precisou se moldar e mesclar as três categorias pré-existentes. Porém, por conta da pandemia, as disputas foram adiadas para a Olimpíada de 2024, em Paris.

A França sempre foi considerada uma potência no esporte de escalada. Inclusive, Dimitri conta que quando pensou em desenvolver o projeto de inclusão dos esportes de aventura no currículo escolar, baseou sua pesquisa em dados franceses, pois a escalada faz parte do currículo de educação física em suas escolas desde os anos de 1960.

Em esportes assim, a natureza é a protagonista. Para se preparar é preciso conhecer o tipo de rocha ou pico que irá escalar, os declives que existem em cada um, qual o melhor clima para fazer a atividade e as dificuldades que podem aparecer. Esse processo não é apenas físico, é ter que entender onde está e respeitar o ambiente a sua volta. “É sobre você encontrar o caminho para poder se movimentar. É você poder olhar e sentir a natureza, o trabalho de observação passa a ser muito forte.”, explica André.

Ao longo da conversa, os assuntos abordados pelos alunos fluíam tanto para os aspectos profissionais quanto para os pessoais. Ambos os convidados ressaltaram a importância de se planejar e estar preparado, não deixando o medo abalar sua segurança. André explicou os desafios que podem surgir durante a realização do esporte, trouxe a questão do imprevisível, sobre ter que se adaptar, ser flexível e saber lidar com o lado emocional. “Existe um aspecto muito grande de sociabilização na escalada. Existe uma questão de grupo, uma preocupação com o outro. Nunca é um trabalho individual. É um processo muito grande de confiança.”, finalizou Dimitri.

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