27.08.2020

Beacon Talks promove reflexão sobre tecnologia e ensino híbrido

A primeira edição da segunda temporada do Beacon Talks trouxe um assunto que ganhou enorme importância durante a pandemia – e que continuará a ser relevante no “novo normal”: a tecnologia à serviço do aprendizado. Mesmo com o retorno às aulas presenciais, um modelo híbrido de ensino, conciliando presencial e online será mantido pelas escolas. 

Para falar sobre a aprendizagem em ambiente virtual, a convidada foi a coordenadora de Tecnologia Educacional da Beacon, Zilda Kessel. Educadora com doutorado em Currículo e Novas Tecnologias em Educação (PUC/SP) e mestrado em Ciência da Informação (ECA/USP). A conversa contou com a mediação da diretora Luciana Leite, que trouxe as questões realizadas durante a live pelos espectadores e também os aprendizados e experiências da escola durante essa etapa de estudos.

Dentre os maiores aprendizados das aulas exclusivamente online, Zilda destaca o uso da tecnologia de forma consciente e a participação dos pais de modo mais imersivo no processo educacional escolar. “A Beacon já praticava isso de inserir a tecnologia no dia a dia dos alunos. Nosso sistema de aprendizagem virtual possui programas que reúnem ferramentas que ajudam no trabalho pedagógico, com controles para entender o que os alunos veem, o que eles acessam e como interagem com a atividade proposta e com os colegas. O fato de entrarmos nas casas com as aulas remotas reforçou os elos com as famílias e isso foi fundamental para o bom desempenho das atividades propostas”.

Outro ganho dessa fase de ensino online foi fortalecer nos alunos a abordagem de pesquisa. “Nunca foi tão importante para os estudantes saberem dizer com quem e como realizam suas pesquisas e apurarem esse senso crítico em relação ao conteúdo que eles estão consumindo – e produzindo. O fato de a escola ter o IB como base ajudou bastante nesse caráter investigativo”, completa a educadora.

Zilda conta que que o processo de adaptação dos professores a essa nova realidade foi intenso, mas com grandes aprendizados. “Foi uma corrida nas primeiras 72 horas mas, depois, à medida que fomos nos aprofundando no ensino virtual estrito, realizamos a formação continuada. Foi um processo colaborativo, então aqueles com mais intimidade com a tecnologia ajudaram quem não tinha tanto. Quando eles se apropriaram de fato desse conhecimento, trouxeram insights sobre suas necessidades, e nós fomos desenvolvendo respostas para essas necessidades. Em janeiro realizamos o EdTech Fest, evento no qual trazemos todas as novidades tecnológicas à escola e vamos aplicando ao longo do ano, mas agora foi diferente: não foi a tecnologia que trouxe ideias aos professores, e sim eles que trouxeram ideias baseadas em suas experiências para dividir com os demais. Formamos uma rede de educadores que ajudam seus colegas a aprimorar o ensino online”.

A educadora destaca a aproximação com as famílias. “Os pais foram fundamentais nesse período, especialmente para balizar as ações da escola: entender horários, receptividade de conteúdo, etc. A escola, por sua vez, pode mostrar seu modo de trabalho: foi a oportunidade de explicar os processos de alfabetização, o desenvolvimento de competências de pesquisa, dentre outros pontos. Desde o momento em que a escola entrou nas casas, as famílias passaram a perguntar mais sobre o método de aprendizado, e nós também aprendemos a sermos mais explícitos, e isso com certeza foi fundamental para aproximar os dois lados. Há um canal aberto e que será, com certeza, mais explorado com riqueza”. 

Para Zilda, os aprendizados dessa época de homeschooling foram importantes para pautar os próximos passos e reforçar o vínculo escola – aluno – família.  “Fazer as coisas virtualmente nos mostrou a importância do presencial. Certamente passaremos a aproveitar mais todos os momentos: interagir, escutar e falar. Quando o aluno vier à escola, temos de fazer disso algo especial! O ensino híbrido vai usar o melhor que temos no presencial e o que há de melhor no ensino online. Vamos ter o melhor dos dois mundos, e entender o que funciona em cada ambiente. Com cooperação, valorização das experiências e escuta sensível, certamente teremos um ensino mais rico e colaborativo”, completa.

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