17.09.2020

Beacon Talks levanta desafios e oportunidades da Educação pós-pandemia

A live de Beacon Talks com a convidada Claudia Costin trouxe reflexões importantes sobre como será a educação após a pandemia e, especialmente, como as escolas estão lidando com um novo jeito de ensinar: por ora, totalmente online. Para abordar esses desafios e oportunidades, a convidada para a conversa foi a diretora e fundadora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-diretora de Educação do Banco Mundial, que conversou com a diretora da Beacon Vera Giusti.

Claudia iniciou a transmissão com uma introdução ao contexto mundial atual: a automação e robotização têm evidenciado uma nova geração que demanda por competências mais sofisticadas, como análises mais aprofundadas, pensamento sistêmico e crítico e resolução colaborativa de problemas. Logo, é imprescindível que a educação olhe para a necessidade de inovação. E são essas competências que os programas do International Baccalaureate Organization (IBO), como o Primary Years Program e o Diploma Program, adotados pela Beacon, desenvolvem com os alunos.

Dando um passo atrás, antes da pandemia, Claudia comentou sobre o panorama educacional brasileiro. Entre os 79 países que participaram da última edição do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), teste internacional de qualidade da educação que permite comparar países, o Brasil está colocado entre as últimas 20 posições do ranking e é o segundo mais desigual. “O resultado do Pisa, por ser centrado em habilidades e não em currículo, nos mostra que o Brasil ainda não chegou lá. Ou seja, já havíamos um desafio de aprendizagem enorme antes da pandemia; agora, o que tem sido feito é uma ‘mitigação de danos’ e nós não vamos conseguir ter um país mais justo se não diminuirmos a desigualdade educacional”, comenta.

Um grande destaque da conversa foi sobre as oportunidades de inovação que a crise proporcionou, como a inclusão digital. No Paraná, um estado considerado rico, 95% dos alunos de escolas públicas estiveram na plataforma digital e 5% complementaram com outros recursos, como televisão, rádio e apostilas. No outro extremo, no Maranhão, 61% dos alunos estão na plataforma digital de ensino médio da rede estadual – também complementado com outros recursos. 

“Uma série de professores foi obrigada a desenvolver uma competência fundamental para os alunos, que é aprender a se reinventar. Se os postos de trabalho vão se extinguir em algum momento, com a automação e robotização da quarta Revolução Industrial, o nosso aluno vai precisar se reinventar na medida que tudo isso for acontecendo. Quando os estudantes veem os seus próprios professores se reinventando agora, diante da pandemia, é um ótimo exemplo de que também é possível para eles futuramente.”

Já no encerramento da transmissão, Claudia destacou a importância da resiliência nos tempos atuais, que, segundo ela, dialoga com duas situações: olhar para a dificuldade, saber superar, errar e aprender com os próprios erros. “Tivemos um processo muito rico de ‘aprender fazendo’. Não podemos dizer, por exemplo, que as aulas online começaram com qualidade, mas houve uma curva de aprendizado”, explica. “Ninguém tinha plano de contingência para essa situação, mas nós fomos construindo juntos, com pais parceiros, o que proporcionou ainda mais a união entre esses pais e alunos.”

Clique aqui e acesse o vídeo completo.

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