19.05.2025
Após passar dez anos vivendo fora do Brasil — nos Estados Unidos, Suíça e Polônia — foi durante uma breve visita à Beacon School que tive a certeza: “Pai, mãe, é aqui que eu quero estudar.” Mesmo com pouco tempo para conhecer a escola, algo naquele ambiente me fez sentir que era o lugar certo para continuar meus estudos a partir do Year 7. Hoje, olhando para trás, sei que essa foi uma das melhores decisões que tomei.
Desde o início, fui recebido de forma acolhedora por professores e colegas. Em poucos meses, já me sentia completamente integrado, confortável para ficar após as aulas, tirar dúvidas, trocar ideias e explorar novos interesses. Esse olhar atento e individualizado dos professores foi fundamental. Eles vão além do conteúdo — adaptam suas estratégias conforme as nossas necessidades. No meu caso, no início, precisei de um suporte extra para me adaptar ao português acadêmico. E, em matemática, a professora Marcela Visnadi me incentivou a desenvolver um projeto de iniciação científica, propondo que eu pesquisasse um tema para ensinar aos alunos mais velhos. Essa experiência não só aprofundou meu interesse pela disciplina, mas também me conectou com a pedagogia, algo que segui explorando por meio de atividades extracurriculares, como o voluntariado como professor de inglês e o estágio no departamento de matemática antes do início das minhas aulas na Universidade de Toronto.
O apoio foi além do acadêmico. Durante o Ensino Médio, as orientações do Lucas Sousa, do University and Career Counseling, foram essenciais. Ele me ajudou a escolher as matérias do IB, sugeriu atividades extracurriculares alinhadas ao meu perfil e me orientou na escolha do curso universitário — Engenharia Química. Esse acompanhamento me deu segurança para traçar um caminho claro, tanto no IB quanto nas aplicações para universidades no exterior.
Além dos estudos, a Beacon foi um espaço para explorar interesses extracurriculares que marcaram minha trajetória. Participei do time de vôlei, o que foi um importante escape para aliviar o estresse das demandas do IB. Também me envolvi na organização do BMUN, a simulação da ONU da escola, com o apoio do professor João Andrade. Ver mais de 100 alunos, de escolas públicas e particulares, reunidos para debater questões globais foi um momento marcante que ampliou minha visão sobre o impacto da diplomacia e do diálogo.
Por fim, o que realmente torna a Beacon única é sua proposta central: “Educação Internacional. Identidade Brasileira.” De um lado, a formação acadêmica rigorosa do IB nos prepara para universidades ao redor do mundo, sem deixar lacunas para quem opta por seguir uma trajetória no Brasil. Saí da escola escrevendo um Extended Essay, estudando cálculo diferencial e integral e pronto para o ENEM. De outro, a escola mantém um vínculo genuíno com a cultura brasileira — das festas juninas ao uso do português no dia a dia. Para mim, esse contato foi um reencontro com minhas raízes após anos fora do país. Participar das viagens para a Amazônia e para o interior de Pernambuco, onde construímos cisternas em comunidades locais, foi uma forma concreta e afetiva de me reconectar com o Brasil.
Hoje, ao olhar para trás, vejo como cada uma dessas experiências moldou não só meu percurso acadêmico, mas também minha visão de mundo. A Beacon foi mais do que um colégio. Foi um espaço que me preparou para seguir meus sonhos com confiança, onde quer que eu escolha estar.